O cantor e compositor levanta a dúvida se escutamos realmente aquilo que nos comove ou o que aparece repetitivamente em nossas mídias. Na arte, ele vê a libertação, com diz a letra de “A Morte dos Discos”: “Aprendi que aqui posso ser o que eu quiser / e que a música sempre contou histórias né? / De geração pra geração é poder, transformação, né não?”. Para nos transformarmos através da música, é necessário despertar a mente e os ouvidos para o novo, o diferente, para a descoberta.
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Serviço
Lançamento do clipe “A Morte dos Discos” do rapper Dirty Lion
1º de junho de 2022 (quarta-feira), às 0h, no YouTube
Canais de comunicação
Facebook: /dirtylion
Instagram: @orecicdirtylion
YouTube: /GarcezDirtyLion
Spotify: spoti.fi/3LScbK3
Música: A Morte Dos Discos (prod. Tiu Cris)
Artista: Dirty Lion
Letra: Dirty Lion
Beat: Tiu Cris
Mix/master: Tiu Cris
Diretor do videoclipe: Renato Medeiros e Dirty Lion
Editor de video: Renato Medeiros
Gestão cultural: Aline Santos Barbosa
Letra:
Essa é dedicada a indústria assassina
que plastifica, padroniza
dita formato pra entra toca na rádio, entra na lista desses sites que se
dizem alternativos
mas alguns como igrejas pedem dízimos
Me sinto chato, me sinto velho, sem paciência
com preguiça desse padrão estético
Tô vendo a morte dos discos, a morte do que é original, a busca pelo hit
de um padrão comercial
não tô dizendo que é certo ou errado
só que nos meus fones não rola, aliado
Escuto poucas playlists, prefiro discos inteiros
É o meu gosto parceiro e foi assim que aprendi desde cedo
que a arte vem primeiro e o mercado a gente cria, firmeza?
O mercado não vai ditar minha arte
só vim fazer meu som
não tô nem ligando pra indústria
só vim fazer meu som
Essa é mais uma que não nasceu pra ser hit
nem vai chegar nos ouvintes, é o sentir sem limites
são só palavras e o beat
Tiu Cris deu a tela, eu que pinte
os algoritmos seguram mas a gente insiste
Eu vi vinil, vi a fita, vi CD, vi a net, vi gravarem com vídeo cassete pra
curtir o som, entende?
E hoje? É de fácil acesso
mas tá tudo ao avesso, é a morte dos discos
É tudo single, então eu faço esse single e essa não, não vai entra pro meu
disco
É só a ponta do iceberg do descontentamento
de ver que o tempo corre mas ainda é lento
que não temos tempo pra curtir álbuns inteiros
Será? Eu ainda escuto e indetifico sampled
Será que eu sou saudosista? Ou o capitalismo se apropriou e esvaziou
uma arte tão bonita?
O mercado não vai ditar minha arte
só vim fazer meu som
não tô nem ligando pra indústria
só vim fazer meu som
Verso 3, sim e é sem repetir
Busco a magia da caneta, profissão MC
Aprendi que aqui posso ser o que eu quiser
e que a música sempre contou histórias né?
De geração pra geração é poder, transformação, né não?
e é dessa fonte que bebi, foi esse brilho que vi, essa alquimia que senti e
foi isso que me trouxe até aqui
Não, não que eu nao queira ganhar dinheiro com a minha arte pelo
contrário, eu quero minha parte
mas nem fãs, nem a indústria vão me fazer ser o contrário
Eu já falei, tô no caminho contrário
E eu que faço o horário, esse é o meu itinerário
e não aponto pra quem faz o contrário
mas tenho autonomia pra ser dono do destino
Se for morrer cuspindo música das vísceras, do intestino, eu vou
chorando e sorrindo
Na era onde plays ditam a qualidade duvidosa de tendências clonadas de
sons
vomitar o que se sente mesmo sem speed flow, é uma rajada, morô?
O mercado não vai ditar minha arte
só vim fazer meu som
E é dedo do meio pra indústria
só vim fazer meu som